Sou-o tanto que de tanto ser, nada sou. Arrebatador, vem mais um dia em que desejo ordinariamente uma vida diferente. (Sou louca, certamente). Anseio viver a liberdade intolerante de agir de novo a cada segundo, inconsciente e consciente disso. Quero poder e ter e vencer o mundo haja o que houver. Rogo pela minha alienação e por ter o meu ser de volta, por rir alucinada e perpetuar cada instante de destempero até ser desapaixonada ao ponto de te usar e te consumir e te deixar cair por terra, moribundo e sôfrego de mim. Sou, agora fria, lobo ferido. Fito gélida com olhos de chama tudo que ameace (que ouse sequer transpor até ao meu tom adocicado). Ávida de soltar as garras sedentas de gozo e de gosto desejava não ter limites e ter de moral só a imoralidade. Buscar incessantemente a fortuna de te ter e de não ter coisa nenhuma, de ser contradição de mim e feliz de o ser no conforto de ser amada e odiada, vil e libertina. Desamarrar um grito de prazer por ter de meu mais que aquilo que reclamo e por ser vã sem me desprezar. Ousar o momento por ser segura de que não faz parte de mim e ser e crer e querer uma satisfação raivosa. Oxalá esta frieza não fosse doçura.

2 comentários:

souokiko disse...

Oin, obrigadoo +.+

Eu gostei deste :b

Débora & João disse...

Obrigada :'$
mas eu acho que nao esta nada de especial