Queria escrever sentimentos.
Escrever os que me invadem e traduzir em palavras as emoções que me contorcem de prazer, e de saudade. Queria eternizar numa frase as recordações de horas que agora já só a segundos me sabem. Consumo, assim, cada pequeno detalhe que irrompe de mim com um fulgor descontrolado do que já não volta, com um louco desejo adiado de mais. e mais. Prendo-me a cada cheiro, a cada som e a cada gesto que me lembre esse momento onde toquei o céu. Queria poder escrever sentimentos. Escrevê-los sem medo de os perder ou desgastar.Escrevê-los a prata sobre uma folha de papel vermelha que o tempo não leve nem mate. O prazer de reviver no quando e onde me apeteça multiplicando a cada vez a luxúria de um bem que não passa, mas não retorna. 

3 comentários:

Gustavo Reis disse...

lindo o texto ^^

Anónimo disse...

Um bem nao volta, um bem não retorna, um bem vem pra ficar. Ao longo da nossa vida somos bombardeados com mil e uma coisas, umas que nos fazem crescer, outras que nos deitam abaixo, outras que nao praticam qualquer efeito. Mas são coisas que nos ajudam a criar a nossa personalidade. Pensar que se perdeu algo é completamente errado, não voltaremos a vive-las, mas as coisas ficam guardadas no coração de cada um, e de lá não saem e é isso que nos faz feliz. A unica coisa que podemos fazer é ampliar o tempo de vivência de cada bem nosso, tendo para isso que agir com coragem, determinação, e certezas e não admitir previamente um falhanço posterior.

Anónimo disse...

(cont) A Patricia pensa que o mundo vai cair em cima dela se falhar, mas será que a Patricia nunca pensou que pode ser a Patricia a emergir sobre ela própria? Deixar despertar o que a vida tem de bom, mesmo correndo riscos, como toda a gente corre. Cada passo que damos na rua é uma decisão que tomamos, estamos sempre sujeitos a cair nos um avião em cima, ou um carro colidir connosco. São riscos! Mas continuamos a andar, a andar, a andar, sempre confiantes de que atingiremos o nosso objectivo.